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Tuesday, May 02, 2006

Letter to a lover

"(...) Quando um homem ama uma mulher, esse amor cega-o. só pensa no momento presente, aqui e agora. Quando uma mulher se apaixona por um homem, pensa sempre no futuro, agora e sempre. Somos seres diferentes no tempo e no modo. (...) Quando te conheci e percebi que podias fazer parte da minha vida, imaginei-te dentro dela para sempre. Tu olhaste-me e desejaste-me sem pensar no futuro, porque o futuro é muito mais fácil para as mulher do que para os homens. (...) Como posso explicar-te que a distância não é ausência, como posso fazer-te entender que o que sentimos um pelo outro é o suficiente para mim, que não preciso que mudes a tua vida, que venhas viver para Portugal, que estejas todos os dias ao meu lado para me sentir feliz? Como te posso convencer que as relações têm vida própria e que mesmo que tu queiras e eu queira, what is meant to be is meant to be? (...) Aprendi muito contigo, com certeza mais do que possas imaginar. Aprendi com os meus erros, porque é quando se perde que a lição é mais importante. Se um dia destes te apetecer voltar para os meus braços e construir um sonho comigo, podes bater à porta porque estarei aqui, mergulhada numa paz tranquila e nova que me ensinaste sem saber.(...) A imaginação é o mais forte dos sentidos. Quando me deito é nela que encontro toda a paz e me embala. Fecho os olhos e de repente estás ao meu lado, perfeito, poderoso, belo, terno. (...) O amor é tempo e tu não tens tempo para mim. Pelo menos agora. Amor é sorte e talvez eu não tenha sorte. Ou tenha, mas não contigo. (...) Devia ter ficado quieta mais vezes, devia ter respeitado o teu silêncio e o teu espaço, deixar-te em paz em vez de te pedir o mundo, porque iria sempre amar-te, estivesses ou não ao meu lado, porque fazes parte de mim, mesmo sem saber se és a primeira ou a última peça do meu dominó, mesmo sem saber se o vais pôr de pé ou deitá-lo abaixo. O amor tem o seu próprio mistério, tentar desvendá-lo é um erro, tentar apressá-lo um crime.Como hei-de olhar para ti agora, depois de tudo o que se passou? Perdi a confiança em ti, porque me mentiste. (...)"





Diário da tua ausência, Margarida Rebelo Pinto

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